Seacom debate jornalismo contra-hegemônico, narrativas e comunicação

Evento faz parte da Semana Acadêmica do curso de Jornalismo

GUILHERME LIMES E HELLEN LIRTÊZ

Card de divulgação da segunda mesa-redonda da Seacom 2020.

A segunda mesa-redonda da Semana Acadêmica de Comunicação (Seacom) ocorre no dia 11 de agosto, às 16h (18h, no horário de Brasília). Com o tema “Pesquisa em comunicação: narrativas da diferença e jornalismo contra-hegemônico”, os professores do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac), Francisco Aquinei Timóteo Queirós e Fernanda Salvo, buscam discutir alternativas para pensar a prática jornalística. 

Queirós salienta que é necessário discutir constantemente a atividade jornalística. O exercício da crítica é importante, segundo o professor, porque permite ampliar o debate social e cultural. 

“A discussão proposta por mim e Fernanda, entende o jornalismo como zona problemática. Nesse sentido, observamos que o jornalismo faz uma leitura particular e dentro de categorias bem específicas, deixando um conjunto profuso de realidades de fora. É preciso que o jornalismo faça sua autocrítica e que dialogue com outros sujeitos, realidades, histórias e complexidades” pondera Queirós.

Salvo explica que sua abordagem é oriunda de seu doutorado e pós-doutorado. Em suas pesquisas, analisou a presença de discursos excludentes e de diferença social. De acordo com a pesquisadora, normalmente, o processo de exclusão social parte de um estereótipo que associa indivíduos ao exotismo. A professora explica que quando se pensa nos discursos das grandes mídias hegemônicas é importante entender que o jornalismo interfere no modo de observar o cotidiano, na lógica simbólica e nas relações de poder.

Sobre os convidados

Fernanda Ribeiro Salvo possui pós-doutoramento pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). É doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Comunicação pela UFMG. Especialista em Imagens e Culturas Midiáticas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou estágio doutoral na Alemanha, junto à Ruhr-Universität Bochum. Além de atuar nas áreas de Audiovisual, Análise Fílmica, Comunicação, Cultura e Jornalismo. Investiga as relações existentes entre a estética e a política, sobretudo, aquelas que se inscrevem no campo do cinema documentário. 


Francisco Aquinei Timóteo Queirós. É Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Mestre em Letras: Linguagem e Identidade, graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e especialista em Assessoria de Comunicação. É docente do curso de Jornalismo da Ufac. É autor do livro “Rasgos literários na prosa jornalística: o Novo Jornalismo em Radical Chique e em A Sangue Frio”, um dos organizadores do e-book “Luz, Câmera, Palavras!” e do livro “Pesquisa em comunicação: registros, olhares e narrativas”. Atua nas seguintes linhas de pesquisa: literatura, narrativa e representação; jornalismo, cultura e narrativa; narrativas jornalísticas na Amazônia Sul-Ocidental e cultura e sociedade. É líder do Grupo de Pesquisa “Narrativa, Literatura e Jornalismo (NALIJOR).

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