Periódico conquistou três prêmios Expocom nos anos de 2017, 2018 e 2019
Os estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) desenvolvem o jornal laboratório “A Catraia”. O periódico está na sua 31ª edição e é vinculado, atualmente, à disciplina de Jornal Laboratório. O “A Catraia” recebeu três premiações no Congresso Intercom, no Expocom Regional Norte de 2017, 2018 e 2019.
Até 2015, o jornal era produzido na disciplina de Redação Jornalística 3. Com a mudança da grade curricular, o material passou a ser produzido na disciplina de Jornal Laboratório, algumas vezes, em parceira com a disciplina de Planejamento Gráfico. Ao longo do curso, muitos professores estiveram na produção do jornal, entre eles, Juliana Lofego, Wagner Costa, Aquinei Timóteo, Francielle Modesto, Giselle Lucena, Fernanda Salvo e as professoras substitutas, Emanuelly Falqueto e Talita Oliveira.
A professora Giselle Lucena produziu o “A Catraia” duas vezes. De acordo com a docente, as experiências práticas e de laboratório variam de acordo com as turmas e metodologias aplicadas por quem ministra a disciplina. E explica que este experimento possibilita que os estudantes possam ter uma concepção sobre o jornalismo impresso. “Desde a concepção de perfis editoriais, estabelecimento de pautas, definição de projeto gráfico até análise de produto final”.
Na edição de 2018, a estudante de Jornalismo, Pâmela Freitas, foi a editora do “A Catraia”. Para a discente, passar por esta experiência lhe proporcionou a capacidade de entender como funciona a rotina de um editor, pois assume inúmeras funções durante a elaboração de um jornal. “O editor é aquele que, mesmo depois de todos os outros alunos irem embora, fica com o professor discutindo prazos, pensando em como melhorar algum detalhe do jornal e organizando a diagramação final”, explicou Freitas.
Em 2019, a disciplina de Jornal Laboratório foi lecionada pela professora Fernanda Salvo, em parceria com a docente Talita Oliveira, que ministrou a disciplina de Planejamento Gráfico. A Professora Talita explica que o processo de desenvolvimento do jornal é tratado conforme as referências fornecidas pelos estudantes durante as reuniões. “A intenção é que o jornal fosse a ‘cara’ da turma. É uma marca de estilo da turma”, diz Oliveira explicando como funcionava as funções de cada grupo na produção do jornal. “Nós separamos as equipes de editorias em reportagem, diagramação e arte”.
Número de edições
Segundo levantamento recente, feito pelas professoras Giselle Lucena e Talita Oliveira, o jornal A Catraia teve 31 edições ao longo dos 19 anos de curso de Jornalismo. O docente de Jornalismo, Wagner Costa, é o professor que mais vezes ministrou as disciplinas de produção do periódico. Ele explica que o jornal foi construído a partir de reuniões do colegiado do curso. “O nome do jornal foi dado pelo professor Mauro Rocha. E o projeto foi tocado, inicialmente, por mim e pela professora Juliana Lofego”, afirma.
“A Catraia” e a pesquisa monográfica
O estudante Elenilson Oliveira escolheu como tema de sua monografia a influência do editor-chefe na produção do Jornal Laboratório “A Catraia”. O discente explica que seu trabalho acadêmico busca analisar os desdobramentos e as transformações que as edições do jornal obtiveram com a chegada de um novo editor a cada novo lançamento.
“O que trago como hipótese é como o editor-chefe assume um papel de influência tanto na linha editorial, ou seja, sugerindo pautas e direcionamentos, quanto sobre o cumprimento de prazos estabelecidos para conclusão das atividades no jornal laboratório”, salienta o discente.
Oliveira escolheu o “A Catraia” por já ter sido editor-chefe em uma de suas edições e participado de todas as etapas da sua produção. “O Jornal A Catraia é um jornal importantíssimo para o curso. É o espaço para a prática do aluno, de não apenas saber o que é um jornal, mas saber fazê-lo. [É preciso] saber quais são os momentos que envolvem a produção de um jornal”, finaliza.
XI SEACOM 